A Prefeitura do Rio inaugurou nesta sexta-feira, dia 5, a Avenida Prefeito Júlio Coutinho, novo acesso viário que liga a Avenida Brasil ao Porto do Rio de Janeiro. Com sua criação, serão desviados do trecho inicial da via expressa cerca de 1.300 veículos de grande porte por dia, reduzindo-se consideravelmente os engarrafamentos naquela região.

A cerimônia reuniu o prefeito Eduardo Paes, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, o secretário executivo da Secretaria dos Portos da Presidência da República, Augusto Padilha, o secretário de Transportes do estado, Júlio Lopes, e o presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Luiz de Mello. Também estiveram presentes os secretários municipais de Transportes, Alexandre Sansão, de Obras, Alexandre Pinto, e de Desenvolvimento, Felipe Góes.

Com 3 Km de extensão, o novo acesso liga a pista sentido Zona Oeste da Avenida Brasil à área de contêineres do Porto, passando pelos fundos do Cemitério São Francisco Xavier (Rua Carlos Seixas), no Caju. Ao final da solenidade, as autoridades percorreram de jipe todo o trajeto da nova avenida e o prefeito Eduardo Paes falou sobre sua importância para a vida dos cariocas:

- Este é, sem dúvida, mais um importante passo para que possamos melhorar os acessos à cidade e o trânsito no Rio. Os moradores das zonas Oeste, Norte e da Baixada Fluminense, que passam pela Avenida Brasil todo dia, sabem o sofrimento que é aquela entrada. Por isso, retirando os caminhões desse trecho, um dos mais complicados da via expressa, beneficiamos a operação portuária e reduzimos o impacto dos engarrafamentos sobre a vida da cidade.

O nome da avenida é uma homenagem ao ex-prefeito do Rio de Janeiro Júlio Coutinho, falecido em agosto de 2009, aos 80 anos. A filha Márcia e dois netos do político participaram da solenidade.

- Homenageamos um homem que prestou um grande serviço à cidade do Rio de Janeiro. Pernambucano, Júlio se tornou um carioca por adoção e deu importante contribuição para a história dessa cidade - disse Eduardo Paes.

O presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Luiz de Mello, também destacou a importância do novo acesso ao Porto para o desenvolvimento da cidade:

- Essa obra era uma reivindicação antiga do Porto e chega para harmonizar a relação econômica do Porto com a vida da cidade, uma vez que estamos desviando a pressão que o tráfego no Porto exerce na Avenida Brasil.

Jorge de Mello também falou sobre a realização do projeto:

- A Companhia financiou um terço dessa obra, mas sua conclusão só se tornou possível graças a parcerias importantes que estabelecemos com os governos municipal, estadual e federal. É a primeira obra concluída rumo ao desenvolvimento da região portuária.

O Secretário Executivo da Secretaria dos Portos, Augusto Padilha, afirmou que com a construção da nova avenida os principais problemas do Porto, causados por deficiências nos acessos terrestre e marítimo, começaram a ser resolvidos.

A intervenção durou 16 meses e teve investimento total de R$ 24,2 milhões, gerando 150 empregos diretos. O trabalho incluiu o prolongamento da Rua Carlos Seixas até a Avenida Brasil e a construção de duas pontes (sobre o Rio Dom Carlos e o Eixo do Anil).

Com a nova alternativa, não mais será necessário que veículos de carga sigam até o prédio do Into (antigo prédio do JB), na Avenida Brasil, para fazer o retorno e chegar ao Porto. A nova alça promete agilizar também a coleta de lixo na Zona Sul da cidade, no Centro e em bairros da Zona Norte, já que os caminhões da Comlurb terão seu tempo de viagem reduzido em função da melhora do trânsito e da nova opção de percurso.

Para que a nova alça apresente o máximo de eficácia, a CET-Rio vai monitorar e operar os acessos ao Viaduto Ataulfo Alves, em Benfica, que passará a fazer parte da rota de entrada do Porto. Outro ponto a ser monitorado será a interseção da via com a Avenida Brasil, em Manguinhos, que contará com painéis de mensagens variáveis informando os motoristas sobre o novo trajeto.

Texto: Flávia David
Fotos: Beth Santos