Após confusão, o ambulante decidiu procurar os agentes para se desculpar
26/08/2011 18:12:00
A Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio) recebeu na manhã desta sexta-feira, dia 26, em sua sede (Avenida Pedro II, São Cristóvão), a visita do ambulante Elias Otaviano, de 63 anos. Elias procurou os guardas para pedir desculpas por ter tentado agredi-los com uma tesoura na última quinta-feira, dia 25, durante uma operação no Largo da Carioca. O ambulante demonstrou estar preocupado em obter a licença para trabalhar nas ruas.
Na manhã desta sexta-feira, durante o patrulhamento no Largo da Carioca, os guardas municipais foram abordados por Elias, que, emocionado, pediu desculpas pela tentativa de agressão. Após conversar com os agentes sobre as operações, Elias foi convidado por eles para conhecer a unidade do Grupamento de Operações Especiais (GOE). Mesmo tímido com a visita inesperada, o ambulante aceitou o convite.
Durante a visita, Elias contou que trabalhava como ambulante há apenas dois meses, vendendo biscoitos, e que nunca tinha tido problemas com os guardas, que sempre o orientavam a não vender nas ruas. O ambulante conheceu todo o comando da GM-Rio e a sede do GOE. Elias deixou claro que acredita no trabalho da GM-Rio e classificou o episódio como uma ocorrência infeliz:
- Confesso que até já tinha oferecido um biscoito a eles por amizade, mas eles nunca aceitaram. Por isso, tenho certeza que eles não pegam dinheiro de ninguém na rua. Sempre foram muito educados comigo. Não tenho bronca, não. Eles são como filhos meus. Mas não volto para a rua sem licença - contou o ambulante, que há sete anos perdeu um filho que era Policial Militar.
Além disso, o ambulante relatou que foi gerente comercial, mas com o fechamento da empresa, precisou trabalhar na rua para pagar a previdência social. Elias confirmou ter tido uma reação inesperada quando os guardas foram apreender a sua mercadoria:
- Na hora que tomei o cacetete da mão do guarda, pensei em tudo. Até em fazer uma besteira. De certa forma sou agradecido ao guarda que me impediu com o choque de fazer uma bobagem. Aquele guarda me salvou, pois me impediu de fazer uma coisa pior - afirmou Elias.