Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Qualidade de vida dos idosos no ambiente domiciliar

13/11/2013 18:58:00  » Autor: Fabio Fernandes / Fotos: Ricardo Cassiano


Estudos mostram que a expectativa de vida do brasileiro aumenta a cada década. Se, nos anos 80, o homem brasileiro vivia, em média, 60 anos, hoje a perspectiva de idade chega a 90 anos. O grande desafio da longevidade é envelhecer com qualidade de vida. A Prefeitura do Rio desenvolve ações que visam promover o bem estar e o acesso aos cuidados e proteção de nossos vovôs e vovós, do jeito que eles merecem.  O ‘Idoso em Família', da Secretaria Especial do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida (SESQV), tem como foco fazer com que o idoso permaneça no seio da sua família.

 

O programa é dirigido aos idosos que, apesar de conseguirem ter alguma autonomia, apresentam doenças crônicas, e àqueles que são totalmente dependentes da figura do cuidador, de alguém da família que dê assistência em tempo integral; sendo a grande maioria dos beneficiados.  E, além disso, estejam em situação de vulnerabilidade social. O ‘Idoso em Família', então, concebe um auxílio financeiro de 350,00 reais e acompanhamento domiciliar de assistentes sociais e agentes de saúde. O intuito é manter o idoso no seu ambiente familiar.

 

Uma grande preocupação do programa é oferecer informações para que os familiares possam aprender a conviver com a nova realidade do idoso. Em razão disso, são promovidos encontros trimensais com os idosos e seus familiares ou cuidadores, para troca de experiências entre os envolvidos. Nessas reuniões, também acontecem palestras com técnicos de diversas áreas que envolvem cuidados geriátricos.

 

Outro ponto é a necessidade que se tem em prestar assistência ao cuidador. Segundo uma das assistentes sociais do programa, Adriana Lucena Januzzi , por mais que a relação entre o cuidador e o idoso seja sedimentada por afeto e dedicação, o processo de cuidar de alguém totalmente dependente é algo desgastante do ponto de vista emocional. Um dos temas dos encontros, que o ‘Idoso em Família' disponibiliza, é ‘Cuidando de quem cuida', em que um psicólogo trata da temática do desgaste emocional do responsável.

 

Adriana destaca ainda que o objetivo primordial é evitar que esse idoso vá para uma instituição ou asilo:

 

- Há muitas famílias que não querem ficar com seus idosos, mas muitas delas não recebem o suporte que necessitam para cuidar deles. É justamente ao encontro dessas famílias que o programa procura ir.

 

Uma das beneficiadas pelo ‘Idoso em Família' é a dona Maria Jose de Mello, 80 anos, que tem Alzheimer. Desde 2009, a senhora faz parte do projeto da Prefeitura.  A filha e cuidadora responsável, Maria Zélia Ferreira de Mello, relata que a mãe começou a apresentar os primeiros sintomas da doença por volta dos 60 anos e que, após o falecimento seu do pai, ela passou a ser a sua cuidadora.

 

- Meu pai não sabia da doença, apesar dela já apresentar um quadro de demência. Eu não sabia como fazer, mas graças a Deus e a orientação das assistentes sociais, ela está bem – contou Maria Zélia.

 

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa problemas de memória, pensamento e comportamento. Dona Maria está numa fase avançada da doença. Ela anda com ajuda e come apenas alimentos pastosos. Precisa de atenção 24 horas.  Para Maria Zélia, além do atendimento domiciliar, com a visita das assistentes sociais e agentes de saúde, o auxílio financeiro é imprescindível para manter família.

 

Segundo Adriana, o ingresso do idoso no programa acontece, geralmente, pelos Centros de Referencia de Assistência Social (Cras) da Prefeitura, mas há outras formas da família ter acesso ao projeto:

 

- A inclusão do idoso no programa pode ser feita através dos Cras como também pelo telefone da ouvidoria do município. O trabalho tem início com uma visita a casa do idoso, e uma entrevista com o familiar. Durante este processo, vimos se o idoso está dentro do perfil do programa.

         

O programa tem abrangência de um ano, podendo ou não ser prorrogado, conforme a avaliação da equipe da Coordenadoria de Assistente Social, que verifica se, durante esse tempo, o idoso saiu da condição de vulnerabilidade social.

 

O público alvo são os idosos com idade igual ou superior a 60 anos, residentes no município do Rio de Janeiro, em situação de vulnerabilidade social, cuja renda pessoal seja de até dois salários mínimos, independentes ou com limitações para as Atividade de Vida Diária - AVD's e Atividades Instrumentais de Vida Diária – AIVD'S, detectados nos atendimento realizados pelas Assistentes Sociais – SESQV ou encaminhados por outras secretarias ou outros órgãos. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: 1746


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