Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeitura lança Estratégia de Resiliência do Rio de Janeiro

03/05/2016 15:34:00  » Autor: Juliana Romar / Fotos: Ricardo Cassiano


A Prefeitura do Rio lançou, nesta terça-feira (03/05), a Estratégia de Resiliência do Rio de Janeiro, que estabelece objetivos intermediários para a cidade, entre as metas de curto prazo do Plano Estratégico 2017–2020 e as de longo prazo do programa Visão Rio 500. A nova estratégia indica projetos inovadores com benefícios claros para a redução das vulnerabilidades do município e para o aumento de sua resiliência. O documento de 80 páginas é fruto de parceria com a instituição 100 Cidades Resilientes, promovida pela Fundação Rockefeller, e foi lançado em formato de livro, em português e inglês. O conteúdo está disponível para download no site Rio Resiliente.

 

 

- Quando começamos nesse caminho queríamos que o Rio fosse protagonista no esforço das cidades para mitigar as emissões de gases do efeito estufa. Hoje queremos mais do que isso: nosso objetivo é colaborar com as maiores cidades do mundo de forma vigorosa, sendo resilientes na adaptação e nas mudanças climáticas – disse o presidente do Instituto Municipal Pereira Passos e da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável do Rio, Sérgio Besserman, que participou da cerimônia de lançamento no Palácio da Cidade, em Botafogo.

 

 

Entre as propostas da Estratégia de Resiliência está a criação de um Painel de Mudanças Climáticas do Rio de Janeiro; o desenvolvimento de um plano de recuperação de desastres para a Região Metropolitana; uma agência municipal para a promoção de Economia Circular; e um curso de Resiliência Urbana para 100 mil crianças da rede pública. Todas as iniciativas envolvem conceitos, projetos e ações específicas que são transversais, multidisciplinares e almejam reduzir os choques e estresses crônicos da cidade.

 

 

Também faz parte do documento uma pequena seleção de projetos do Plano Estratégico 2017–2020, a maioria propostos pelo Rio Resiliente (escritório de resiliência da cidade), como iluminação pública de LED; indicadores de resiliência individual; análise do potencial para energia solar em prédios públicos; e um curso online gratuito sobre Resiliência Urbana, para treinar professores, funcionários públicos e a população em geral. 

 

 

- O Rio foi a primeira cidade do Hemisfério Sul a fazer um diagnóstico de resiliência e acabou se tornando referência nacional e internacional. Essa estratégia possui metas claras, com uma perspectiva metropolitana e engajando a sociedade. Conseguimos traçar os objetivos e, agora, nossos esforços serão para transformá-los em realidade - destacou o assessor especial da Prefeitura do Rio para questões de Meio Ambiente, Rodrigo Rosa.

 

 

O documento tem seis principais objetivos: aprofundar o conhecimento e mitigar os impactos de eventos climáticos extremos e mudanças climáticas; mobilizar o Rio para que esteja preparado para enfrentar e responder a eventos climáticos extremos e outros choques; desenvolver e adaptar espaços urbanos verdes, frescos, seguros e flexíveis; prover serviços básicos de alta qualidade para todos os cidadãos, utilizando os recursos de forma resiliente e sustentável; promover uma economia inclusiva, diversificada, circular e de baixo carbono; além de aumentar a resiliência de cidadãos e promover a coesão social.

 

 

- Tenho muito orgulho dessa estratégia que está sendo lançada hoje. Quando nos tornamos parceiros desse trabalho sabíamos dos desafios que o Rio estava enfrentando e os que viriam pela frente, com as Olimpíadas, as mudanças climáticas, a crise econômica.  Mas, mesmo com tudo isso, o Rio está inspirando pessoas em cidades de todo o mundo. Estamos bastante confiantes nessas metas, pois elas nos levam a crer que o Rio de Janeiro continuará a ser um pioneiro de pensamento resiliente e um líder no cenário global na execução de suas prioridades estratégicas – afirmou o CEO da 100 Cidades Resilientes, Michael Berkowitz.  

 

 

Desde 2009, o Rio de Janeiro vem investindo em iniciativas voltadas para a resiliência da cidade. Em 2010 a Prefeitura do Rio criou o Centro de Operações Rio (COR), órgão que coordena o município 24 horas por dia; fez o Mapeamento de Risco de Encostas Maciço da Tijuca; e adquiriu o Radar Meteorológico. Já em 2011 houve a implantação do Sistema de Alarme Sonoro; o início do PAC 2 – Obras para eliminação de alto risco e prevenção; da Macrodrenagem da Bacia de Jacarepaguá; da construção dos reservatórios da Grande Tijuca e desvio do Rio Joana. A prefeitura também deu início ao Programa de Reflorestamento (mutirões + medidas compensatórias); ao reforço estrutural do Elevado do Joá; ao Morar Carioca (projeto de urbanização popular) e às ações de combate à dengue, entre outras.

 

 

- A estratégia vai enfrentar essas ameaças que afetam a cidade, como chuva e vento forte, temperaturas acima da média, elevação do nível do mar, seca prolongada, epidemias, saturação das estruturas viárias, ações criminosas no espaço urbano, saneamento insuficiente. Para chegar até aqui, iniciamos um trabalho com 300 pessoas, de várias instituições das três esferas de governo e, ao longo do tempo, o processo foi ganhando forma e envolveu mais de 800 pessoas, o que resultou na identificação dos principais choques e estresses que afetam a cidade do Rio – ressaltou o chefe-executivo de Resiliência e Operações do Município do Rio, Pedro Junqueira.


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