Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Comlurb mantém limpeza da Lagoa Rodrigo de Freitas

27/03/2017 14:15:00  » Autor: Flávia David / Fotos: Ricardo Cassiano


Que a Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul da cidade, encanta cariocas e visitantes, ninguém tem dúvida. O que as pessoas desconhecem é o trabalho que dá para manter a beleza de um dos maiores cartões postais do Rio em dia. À frente dessa missão está a Comlurb. Além dos garis que atuam em seu entorno, a companhia realiza a limpeza do espelho d’água. Realizado de segunda-feira a sábado, entre 7h e 15h20, o trabalho envolve uma equipe de 18 profissionais, distribuídos nas margens e embarcados. Segundo a companhia, são recolhidas de 1,5 a duas toneladas de lixo por dia e cerca de 60 toneladas por mês. Desse total, predominam as algas flutuantes/soltas, galhos e folhas, seguidos por papel, sacos plásticos, copos, garrafas e madeira.

 

- Isso aqui é bonito demais e merece esse cuidado. É um trabalho que as pessoas nem imaginam o quanto é complexo. Os barcos partem cedo, cada um margeando um sentido da Lagoa, para fazer a vistoria e coleta de resíduos. Recolhemos, além de algas, os mais variados tipos de objetos. Moradores de rua costumam jogar colchões e pedaços de sofá, além de sobras de galhos de árvores. Também tem o problema da proliferação de algas quando se tem muito esgoto. Ou seja, o que esses homens fazem, de fato, é incrível - disse o coordenador especial de Controle Urbano da Comlurb, Antônio Fernando Cordeiro.

 

Para a realização da limpeza, os profissionais contam com quatro embarcações - dois catamarãs e dois ceifadores (um deles locado) -, que transportam três ou quatro pessoas cada. Os responsáveis por operar os barcos são habilitados pela Capitania dos Portos. Além das embarcações, o trabalho inclui o apoio de um profissional que vistoria as margens da Lagoa Rodrigo de Freitas a bordo de carrinho elétrico. Havendo resíduos, as equipes dos barcos são acionadas e realizam a remoção.

 

- É um trabalho que envolve muitos desafios, uma vez que a quantidade de lixo encontrado na água é muito grande. E quando tem ressaca no mar, vem de tudo para cá, desde restos de coco a copos e garrafas. Mas é uma tarefa que muito me orgulha. Afinal de contas, estamos tratando de um ambiente que deixaremos para as gerações futuras. Precisamos tratar o ecossistema no qual vivemos - disse Joel Barros Batista, de 54 anos, representante de uma empresa que presta serviços para a Comlurb e um dos operadores dos ceifadores.

 

Para Gilberto Gaspar, de 51 anos, 25 deles dedicados à companhia, o trabalho de limpeza na Lagoa lhe deu condições de identificar, por exemplo, o sentido do vento e fazer previsões referentes à maré. Morador de Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, ele levanta às 3h, todos os dias, pra estar na Lagoa às 7h e começar a trabalhar. Para ele, que conduz os catamarãs, o sacrifício é recompensado:

 

- É gratificante poder colaborar com a limpeza de um cartão postal e entregar aos cariocas e visitantes um lugar limpo e ainda mais bonito.

 

O trabalho da Comlurb nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas existe há cerca de 20 anos. Segundo a companhia, após ser recolhido, o lixo é encaminhado para uma estação de transferência, sendo posteriormente levado para o Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica.

 

Para o conserto e manutenção dos barcos, a Comlurb dispõe de oficina própria, localizada na Barra da Tijuca. Além disso, a cada dois anos, as embarcações passam por reforma.




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