Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Centro de Bem-Estar e Qualidade de Vida da GM-Rio preza pela saúde dos agentes

28/03/2017 13:40:00  » Autor: Flávia David / Fotos: Ricardo Cassiano


Os guardas municipais não fogem à luta quando o assunto é zelar pela cidade. Por conta de um trabalho que não é nem um pouco fácil, vivem diariamente situações de desgaste físico e mental, precisando muitas vezes se afastar do posto para cuidar da saúde. Pensando na qualidade de vida de seus 7.500 agentes, em atuação nos mais variados setores da corporação, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio) criou um espaço que, ao mesmo tempo, acolhe e trata da saúde. Em atividade há cerca de oito meses, o Centro de Apoio ao Bem-Estar e Qualidade de Vida (CABEQV) já contabiliza 808 atendimentos, sendo 313 realizados em janeiro e fevereiro deste ano. Formado por uma equipe de três fisioterapeutas e uma massoterapeuta, todos guardas municipais, o centro funciona na sede da corporação, em São Cristóvão, e tem transformado a vida de muitos agentes.

 

A iniciativa foi implantada pela Coordenadoria de Valorização do Servidor da Diretoria de Recursos Humanos, chefiada pela subinspetora Maria de Fátima de Oliveira Marins, fisioterapeuta com experiência em ergonomia e fisioterapia do trabalho. Com a ajuda dos colegas de trabalho, que doaram os aparelhos, ela conseguiu equipar a sala onde são realizados os atendimentos. No local são oferecidos tratamentos de fisioterapia tradicional, auriculoterapia, massoterapia e drenagem, além de aferição de pressão.

 

- É um espaço para atendimento emergencial. Eles trazem uma declaração com a indicação do tratamento, avaliamos o caso e iniciamos o trabalho. Ao mesmo tempo em que é feito esse atendimento, procuramos fazer com que eles se sensibilizem quanto à importância de se cuidar e de prevenir o aparecimento de outros problemas.  

 

Com este trabalho, a Coordenadoria conseguiu reduzir em 90% o afastamento do trabalho entre os agentes readaptados que possuem limitações de serviço por questões de saúde. Segundo o fisioterapeuta Jorge José Silva, as maiores ocorrências são de fundo ortopédico, com problemas diretamente ligados à coluna vertebral e aos membros anteriores. Ele afirma que a receptividade dos guardas ao tratamento não poderia ser melhor:

 

- Todos fazem o tratamento até o final e muitos deles pedem para continuar, mesmo após a liberação. Temos formulários que mostram como chegaram e de que maneira estão após o tratamento. Estamos conseguindo alcançar bons resultados com esse trabalho.

 

Além de responder pelo CABEQV e o acompanhamento do trabalho realizado pelo efetivo readaptado, a Coordenadoria de Valorização do Servidor também é responsável por propor melhorias para a qualidade de vida dos guardas e pela realização de campanhas de conscientização sobre cuidados com saúde e prevenção de doenças.

 

Na Guarda Municipal há 17 anos, Tânia Cristina Damasceno, de 51 anos, descobriu há dois que sofria de fascite plantar (inflamação do tecido que se estende do calcanhar aos dedos do pé). Após ser submetida, sem sucesso, a inúmeras sessões de fisioterapia em clínicas especializadas, ela acredita que, dessa vez, com a utilização de um aparelho que emite ondas de choque, o tratamento dará certo:

 

- Já estou na quarta sessão e, sempre que consigo um tempo livre, corro para cá. É uma iniciativa ótima, de grande utilidade para quem trabalha muito. Além de tratar a doença, promove um grande relaxamento corporal e mental. É um espaço que recomendo a todos os meus colegas.

 

Após cinco cirurgias na coluna, duas delas na cervical, a guarda Mônica Teixeira, de 48 anos, sofre com dores fortes. O problema, segundo ela, some ao final de cada sessão de massoterapia relaxante. Para ela, a criação do Centro de Bem-Estar e Qualidade de Vida da GM-Rio representa a valorização do profissional:

 

- Além da satisfação física e mental, o guarda se sente abraçado, valorizado. Ele sabe que aqui encontrará um suporte para o seu problema. Mesmo aquele que não é lesionado deveria buscar essa ajuda, porque é algo que faz muito bem.

 

Depois de sofrer com a zika, a assistente administrativa Edna Vieira de Mattos, de 56 anos, luta agora para se livrar de uma limitação causada pela doença. Com as articulações comprometidas, ela não perde nenhuma sessão de fisioterapia e afirma que as massagens que recebe durante as consultas estão mudando este quadro. Além dos exercícios, ela também faz auriculoterapia:

 

- Melhoro muito com as sessões de massagem e exercícios nos aparelhos. Ter um espaço como esse traz benefícios não somente a mim, como também para os meus colegas de GM-Rio. O que recebemos aqui é qualidade de vida. Saímos sempre renovados.

                                        

O atendimento no Centro de Apoio ao Bem-Estar e Qualidade de Vida é diário e acontece de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e, aos sábados, entre 8h e 13h. A Coordenadoria de Valorização do Servidor desenvolve, ainda, programas antitabagismo e o projeto "GM Sem Preconceito", ação que visa combater a homofobia, a violência contra a mulher e o racismo, oferecendo orientação para procedimentos operacionais em flagrantes relacionados a esses tipos de crime e no atendimento e apoio ao público interno, incluindo familiares vitimados.


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