Após o recesso de final de ano, as Academias da Terceira Idade já retomaram suas atividades. Quem passa por uma das 185 praças onde as aulas são oferecidas vai encontrar os participantes se exercitando, sempre das 7h às 9h, de segunda a sexta-feira, com um profissional de Educação Física, um técnico de enfermagem e um apoio administrativo. Voltadas para quem tem mais de 40 anos, as ATIs fazem parte do projeto Rio Ar Livre, da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos. 

 

"O exercício promove o bem-estar físico, emocional e social, já que o espaço se torna mais um ponto de convivência entre os moradores. Cada real investido nele é uma economia tripla com tratamento de saúde. Esse projeto é muito importante. Não pode parar. Estamos abertos às parcerias, inclusive para outras praças e bairros. Com elas, poderemos remanejar recursos para outras regiões que não contam com esse apoio e assegurar o funcionamento de um número maior de Academias ao Ar Livre", afirmou o secretário Pedro Fernandes, que já visitou diversos núcleos. 

 

Academias funcionam também em abrigos da rede da Prefeitura

 

Além dos 185 núcleos, abrigos municipais também passaram a receber o projeto. Depois que passou por uma reformulação, o Centro de Recuperação Social Campo Grande, em Guaratiba, ganhou uma Academia da Terceira Idade. Os equipamentos são sucesso entre os idosos que moram na unidade, uma parceria da Fundação Leão XIII com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos. Eles já sabem o melhor horário para os exercícios: pela manhã ou no fim do dia. 

 

"Estou gostando muito da academia, porque proporciona exercício para as pernas, braços e mente. Eu moro aqui há seis meses e temos muita tranquilidade. Com essas mudanças, o abrigo está ficando melhor ainda", comemorou Elias Rodrigues, de 68 anos, que prefere se exercitar pela manhã, por causa da temperatura mais amena. 

 

A grade de atividades está sendo elaborada pelo Centro Municipal de Saúde (CMS) Dr. Maia Bittencourt e pela área de Fisioterapia do próprio abrigo. A ideia é fazer aulas coletivas e também adaptá-las de acordo com o perfil de cada idoso, incluindo os cadeirantes ou com mobilidade reduzida. A capacidade total da unidade é de 150 vagas para adultos e idosos. 

 

Para Pablo Mello, diretor de Assistência Especializada da Fundação Leão XIII, a academia é um espaço de promoção de saúde centrada na inserção da prática de atividade física regular. "Garante aos idosos uma terceira idade mais ativa e um estilo de vida mais saudável, além de contribuir para a redução de doenças", disse. José Carlos da Silva, de 72 anos, disse que o abrigo estava precisando mesmo de uma academia e gostou muito da novidade. "Eu gosto de vir pela manhã e à noite, depois da novela, porque está mais fresquinho. Cada dia eu faço exercício nos diferentes aparelhos. Todas essas mudanças no abrigo estão sendo muito boas".