Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeito visita Casa Lar, programa que abriga e atende pessoas com deficiência

15/08/2018 17:02:00


O prefeito Marcelo Crivella visitou, nesta quarta-feira (15/08), uma das cinco unidades do programa Casa Lar que a Prefeitura do Rio mantém para atendimento a pessoas com deficiência. Projeto da Subsecretaria da Pessoa com Deficiência, as Casas Lar são moradias assistidas que oferecem abrigo, proteção e acesso a rede de serviços de saúde, educação, esporte e lazer. Crivella esteve na Casa Lar IV - Herivelto Martins, que fica na Rua Guaraí, em Campo Grande, Zona Oeste.

 

"Nesta casa temos histórias comoventes. Lições de vida incríveis, como a da Aline, que é tetraplégica e pinta quadros lindamente. A equipe de profissionais do Casa Lar é outro exemplo, pessoas absolutamente dedicados. E a prefeitura dá todo apoio a esse trabalho", afirmou o prefeito.

 

Em cada uma das cinco unidades são mantidas onze pessoas. O atendimento com poucos moradores é uma característica desses lares mantidos pela prefeitura. O trabalho permite que humanização do atendimento, que é individual, forma mais moderna de terapia que obtém resultados melhores, segundo especialistas.

 

"O que temos aqui é único. Não somos um abrigo com internos, somos uma casa com moradores. Isso faz toda a diferença. Este acolhimento atende também à demanda por afeto", explicou a servidora municipal Célia Conceição dos Santos, que há dois anos dirige a Casa.

 

A maioria dos moradores tem uma ocupação. Aline Braga, de 26 anos, nasceu com paralisia cerebral, mas desde a adolescência pinta telas. Hoje, se apresenta como artista plástica.

 

 

"Eu seguro o pincel com a boca e passo para as telas tudo o que sinto. Felicidade, tristeza, dia de sol, dia chuvoso. Já vendi uma tela para Londres. Cresci como pessoa, amadureci e descobri uma outra Aline. Eu era um bichinho do mato, e hoje sou uma artista", contou Aline, que na Casa Lar conseguiu terminar o segundo grau e passou a viver outra realidade. Ela presenteou o prefeito com um de seus quadros.

 

Outro morador é Ricardo de Souza Barbosa, 55 anos, há dois meses na Casa Lar. Após a morte do pai, com quem morava, ele passou a sobreviver trabalhando como pedreiro. Mas, por conta da miopia e da catarata, perdeu quase toda a visão, e a única solução foi procurar ajuda em abrigos.

 

"Passei por alguns abrigos antes de morar aqui. Hoje sou completamente feliz. Tenho amigos, alimento, uma cama. Não quero sair daqui nunca".

 

Além de viver no abrigo, Barbosa está perto de passar pelo último exame antes da cirurgia que fará no Mutirão da Catarata da Prefeitura do Rio.

 

"Meu sonho é operar e recuperar a visão", disse. 

 

Nas Casas Lar vivem pessoas com todo tipo de deficiência, idade a partir de 18 anos e que precise de cuidado e auxílio para as atividades da vida diária. Os atendidos não têm mais vínculos familiares, e ali encontram um lugar para viver com dignidade. Além de abrigo, são oferecidos atendimento técnico com terapia ocupacional, refeições prescritas por nutricionistas, assistência de cuidadores especializados e atendimento de auxiliares de serviços gerais.

 

Uma equipe de dez profissionais atende os 11 moradores da unidade da Rua Guaraí.

 

"Temos motorista para levá-los as consultas e passeios. Eles já conheceram vários os pontos turísticos da cidade. Também temos visitas semanais de professores de educação física e de artes plásticas", informou a coordenadora Célia.

 

 

Todas as Casas Lar ficam no bairro de Campo Grande:

 

Casa Lar I - Roberto Felisberto: Rua Professor Gonçalves, 76

 

Casa Lar II - Diogo Carneiro de Lima: Rua Cabo Moisés de Oliveira, 140 – Condomínio Bom Pastor

 

Casa Lar III - Vítor Damião: Rua Campo Grande, 1.580

 

Casa Lar IV - Herivelto Martins: Rua Guaraí, 58

 

Casa Lar V - Roberto Correia Lima: Rua Manoel Caldeira de Alvarenga, 755




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