Maternidade Mariana Crioula realiza partos humanizados com ajuda dos pais
17/08/2018 15:20:00
A Maternidade Mariana Crioula, unidade da prefeitura que funciona no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, está incentivando a participação dos pais na realização dos partos. A ação faz parte do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde adotado pela Prefeitura do Rio nas unidades da rede, e tem como objetivo de assegurar melhor assistência, mais segurança e garantia dos direitos da mulher, do recém-nascido e de seus familiares.
Fabrício Ribeiro, que acompanhou todo o pré-natal da esposa Jéssica Vitória no último domingo, viveu um momento especial no nascimento da sua filha: ela chegou no Dia dos Pais e foi ele quem cortou o cordão umbilical.
- Muita emoção. Coração aflito, a mil naquela hora. Me senti emocionado quando a enfermeira perguntou se eu queria cortar. E eu aceitei. Eu já estava ali no momento do parto com ela e eu fiquei muito emocionado – contou Fabrício.
- Ver a empolgação do pai apoiando esse momento contagiou todo mundo. Eu ate chorei! Ver um pai presente, ajudando em todo o processo, não tenho como descrever. Ele cortou o cordão umbilical e ajudou em tudo, não desgrudava do bebe’, relatou a enfermeira Kaiza Márcia, que realizou o parto com a Dr. Paula Jordão.
A maternidade Mariana Crioula, hoje administrada pelo Viva Rio, promove 400 partos por mês e realiza rodas de conversa com gestantes e puérperas, sempre reforçando a importância do apoio paterno.
- A maternidade acolhe as mulheres e o acompanhante em um ambiente humanizado. Pai aqui não é visita. Pai aqui é aquele que está ao lado da mulher para formar sua família com esse bebezinho que chegou – ressalta o médico obstetra Antonio Braga, diretor da maternidade.
Anderson Brito, marido da Maiara Basílio, que acompanhava a mulher em uma das oito salas de pré-parto durante os preparativos para o nascimento do bebê, tirou férias nesse último mês de gravidez para ficar ainda mais próximo da mulher e não perder nenhum momento.
- Muito bom poder participar e estar perto dela nesse momento maravilhoso da chegada do nosso bebezão Lucas. E em casa não vai ser diferente – disse o pai, enquanto ajudava nos procedimentos para aliviar a dor da esposa, prestes a dar à luz.
- A ocitocina é o hormônio do amor. Quando a mulher está acompanhada de alguém por quem tem afeto ou está acolhida numa equipe que tenha carinho, acolhimento, num ambiente harmonioso para o parto, esse hormônio ajuda também nas contrações e ajuda o bebê a nascer com segurança e ter uma experiência positiva do parto – informou Antonio Braga.
Além da campanha de Valorização da Paternidade durante este mês, que incentiva a participação do pai em todos os momentos, as unidades da Secretaria Municipal de Saúde também chamam a atenção para o Agosto Dourado – ação que tem como objetivo alertar sobre a importância do aleitamento materno.
A amamentação até uma hora após o nascimento protege o bebê de infecções e reduz a mortalidade infantil, segundo a Organização Mundial da Saúde. Já para a mãe, a amamentação reduz a depressão pós-parto, diminui a incidência de câncer e osteoporose e reduz as medidas de cintura e abdômen.
- Homem não tem peito pra dar leite, tem? Mas quem não tem peito, dá força! Quando a mãe estiver amamentando, o pai pode levar água, levar um suco, fazer uma massagem nas pernas e até mesmo preparar um lanche diferente para eles – orientou Antonio.