A programação conta com exposição e palestras

Registrado no Livro dos Saberes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) , o ofício das Baianas de Acarajé, sinônimo de tradição da Cultura afro-brasileira, é celebrado em todo o Brasil no dia 25 de novembro. E para marcar a data, a Associação das Baianas de Acarajé, mingau, receptivo e similares (ABAM-RJ), em parceria com a Secretaria de Cultura do Rio, realiza uma programação gratuita que acontece das 11h às 17h, no Museu da História e Cultura Afro-brasileira (MUHCAB).

O encontro, que faz parte das comemorações do calendário de atividades culturais do Novembro negro, começa com uma palestra sobre o ofício da Baiana de Acarajé e Preservação Cultural e segue com a abertura da exposição das Baianas do Rio de Janeiro. A entrada é limitada, seguindo as medidas das Regras de Ouro, com higienização e sinalização dos espaços.

Para participar é necessário realizar a inscrição através do email: abamrj@baianas.org. Coloque no assunto "Inscrição Dia Nacional da Baiana do Acarajé", e no corpo informe nome completo e telefone para contato.

"Essa data é muito importante para a valorização do ofício. Eu digo e afirmo que as baianas de acarajé são as primeiras empreendedoras do Brasil, com um papel fundamental na história, afirmando a ancestralidade. A gente comemora nossa insistência e resistência, porque nosso trabalho não é fácil! Precisamos desse reconhecimento, pois ainda há muita intolerância e preconceito em nossa sociedade!", afirmou Rosa Perdigão, coordenadora geral da Abam-RJ.

DECRETO DE REGULAMENTAÇÃO

Em março deste ano, a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, publicou o decreto que regulamenta a atividade das Baianas de Acarajé no município. Trazendo uma atualização do Decreto 34.391, de setembro de 2011, desburocratizou o exercício do ofício na cidade, oficializando e reconhecendo o direito da produção e venda de acarajé às doceiras denominadas Baianas.

Na ocasião, cerca de 40 baianas receberam uma moção em homenagem ao trabalho. Entre as homenageadas, Tia Cotinha, Ana de Assis e Tia Ciata, símbolo da resistência negra no Brasil.

SELO BAIANA EM CASA

Em virtude da pandemia do Coronavírus, e buscando apoiar a manutenção dos negócios das Baianas de Acarajé na venda de seus quitutes por telefone e pela internet, o projeto Baiana em Casa foi uma mobilização virtual em apoio ao ofício, realizado pela Secretaria de Cultura.

A mobilização trouxe visibilidade e aumentou em larga escala o número de vendas das baianas na cidade do Rio.