“O mais importante do acolhimento é acreditar na transformação dos que vivem nas ruas”

11/05/2012 15:54:00


Para essa assistente social, que já participou inclusive do processo de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual, conviver com esse público com direitos violados e forte vínculo com as ruas, é uma experiência desafiadora.

"A resistência deles é muito grande no acolhimento, principalmente quando existe o histórico de dependência química", considera Ana Cláudia.

Hoje, Ana Claudia dirige a Central de Recepção Taiguara, localizada no centro da cidade, aberta 24 horas para atender meninos e meninas até 12 anos incompletos e adolescentes do sexo feminino de 12 a 17 anos incompletos.

Faz parte do seu trabalho o acolhimento provisório, o diagnóstico e o encaminhamento adequado, considerando a proteção integral.

Há 8 anos na SMAS, essa servidora que procura perceber cada caso de forma personalizada, acredita que em algumas situações o acolhimento seja a única forma de reconstruir suas vidas, sobretudo quando não há referência familiar.

Hoje, o CRAS Taiguara tem capacidade de acolher até 20 crianças e adolescentes por dia, que também podem ser encaminhadas aos Conselhos Tutelares, quando existe a possibilidade de entrega à família ou forem de outros municípios.

"Fundamental pra mim é dar um significado à vida desses pequenos, acreditando que a gente pode mudar cada história", declara Ana confiante.