Érica Vicente Barboza, professora do GEC Embaixador Araújo Castro, em Campo Grande, ama o que faz

Uma sala com 35 jovens, entre 13 e 15 anos, e um grande desafio: mostrar que a matemática não é nenhum bicho papão. Muito pelo contrário: é algo claro e confortável que pode ser entendido até em aulas cantadas, onde até as músicas do Naldo elucidam o teorema de Pitágoras. É nesse universo, que todos os dias a professora Érica, do Ginásio Experimental Carioca de Campo Grande, se realiza.

 

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"Tenho hoje uma esperança renovada ao acreditar que muita coisa pode ser feita na Educação." Érica Vicente Barboza

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"Me sinto bastante satisfeita ao encontrar na prefeitura todo o apoio para desenvolver o meu trabalho", declara ela, reconhecendo que isto às vezes falta para muita gente. Um apoio que, segundo Érica, se dá através de cursos de capacitação, disponibilidade de material didático, copiadoras, computadores para professores e alunos. E o mais importante: na estrutura da sua escola, que além de organizada é muito limpa. "O grupo é unido e voltado para o trabalho. Todo mundo tem o mesmo foco", diz ela.

 

Além da estabilidade que procurava quando começou há 7 anos como professora do Estado e há 2 anos e meio do município, Érica Vicente desenvolve planejamentos, prepara materiais e música didática, sempre ensinando matemática. O que ela faz com o maior prazer e competência enquanto cursa o mestrado em Educação Matemática na PUC, com uma bolsa que conquistou.

 

Mas para chegar onde chegou, Érica antes estudou toda a sua vida em escola pública, fez a Rural e pós na UFF, voltada também para a educação matemática. Hoje, junto com a sua equipe, a professora Érica está vivendo um retorno muito especial de todo um projeto que vem sendo desenvolvido.

 

Equipe que faz parte do projeto do GEC: as diretoras Anne Elizabeth Dantas e Solange Macedo, o coordenador de matemática Cássio Breno e os professores Ana Léia, Selma, Márcia, Gisele, Michele, Emanuelle, Maurício e Karina, entre outros

A turma nº 1902 de sua escola, ganhou o 3º lugar na Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras, este ano. Um desafio disponibilizado entre escolas públicas e privadas, sem distinção, em todo o país. E como se não bastasse, foi convidada para participar agora em novembro do Quanta 2013, em Delhi, na Índia. Um torneio matemático pra lá de importante. "Um prêmio que é fruto do meu trabalho, da minha equipe e dos meus alunos", constata com orgulho. Para isso, conta com o reconhecimento da prefeitura ao apoiar financeiramente a sua turma durante a viagem.

 

Realizada com o projeto que vem implantando, a professora Érica segue apreciando o contato direto com seus alunos. E principalmente quando vê o progresso deles ao reconhecerem a matemática como uma matéria fácil e agradável. Para a Érika Vicente, gostar de matemática é pouco. Ela ama ensinar.

 

Uma profissional assim, tão assertiva como 2 e 2 são 4, a gente tem o prazer de conhecer.

 

Mandou bem

 

1. O que você mais gosta na cidade?
Da sensação de liberdade que o Rio dá.

 

2. E o Rio que prefere esquecer?
O Rio que ainda oprime os meus alunos pela violência, fome, drogas e abuso sexual.

 

3. Melhor bar e melhor tira-gosto da cidade?
Zissou, bistrô em Botafogo, com suas especialidades espanholas.

 

4. O fim de semana é bom pra...
Namorar e passear.

 

5. O que está faltando na prefeitura?
Expandir rapidamente o meu projeto para outras escolas. Ele precisa deixar de ser uma realidade pontual.

 

6. E no que a prefeitura manda bem?
No apoio que recebo para o meu projeto.

 

7. Ônibus, metrô, trem ou bicicleta?
Trem.

 

8. Qual é o prato que não pode faltar?
Comida japonesa.

 

9. Onde o Rio é mais bonito?
Lá em Campo Grande.

 

10. Servidor feliz é...
Satisfeito com um trabalho bem feito.