Limitação para ele é palavra que não existe.

02/09/2013 03:00:00


 

 

João Batista Rodrigues, desde 2002 massoterapeuta da prefeitura, no setor de Saúde Alternativa.


Ele é capixaba de nascimento, passou tempos em Manhumirim, em Minas Gerais, mas virou carioca de coração. E há 10 anos se tornou massoterapeuta dos servidores da prefeitura. Com uma doença congênita que o deixou sem visão, JB, como carinhosamente é chamado, acabou escolhendo o melhor caminho profissional da sua vida. "Descobri que massagista é uma das profissões em que o deficiente visual se desenvolve muito bem," revela.

 

Para ele, massagem não tem segredo. Procurado todos os dias em média por 12 servidores, a maioria com dores na cervical e na região lombar, fora os casos de emergência, João Batista pratica vários tipos de massagens. A massagem sueca com fins terapêuticos é a que mais gosta.

 


"É muito gratificante tirar as dores das pessoas".
João Batista


 

Segundo ele, ainda faz reflexologia, por meio de pressão nos pontos dos pés, que correspondem aos órgãos a ser tratados e o quick-shiatzu, que mistura várias técnicas, inclusive as de alongamento.

 

" Gosto de tratar do ser humano através do corpo. Para isso, com o tempo, aprendi a lidar nesse ofício com uma percepção especial. Até defendendo minha própria energia," confessa.

 

Recompensado quando percebe que o seu trabalho funciona, JB tem tido uma resposta bastante positiva na maioria que atende. " É normal a turma vir estressada. Ainda mais quando tem troca de governo ou os chefes pegam no pé, " conta ele acrescentando: "tem gente que me procura só para relaxar".

 

Gostando muitíssimo do que faz e sobretudo do ambiente e de seus colegas de trabalho, João Batista se sente acolhido e à vontade. Até para dizer que seria interessante a prefeitura investir mais em qualificação e expandir com novos profissionais o serviço da Saúde Alternativa. " A gente iria poder atender mais gente ainda", diz o massagista, sempre a postos para todo e qualquer servidor, com mãos firmes e sábias.

 

Pingue-pongue

 

1. O que você mais gosta na cidade?
A oportunidade que o Rio oferece às pessoas que chegam de fora.

 

2. E o Rio que prefere esquecer?
O da pobreza, das drogas e da violência.

 

3. Qual é o ritmo que tem a cara do Rio?
O batuque do samba.

 

4. O fim de semana é bom pra...
Pra namorar e estar com a família.

 

5. O que está faltando na cidade?
Mais saúde e educação e melhor acessibilidade para os deficientes visuais, como sinais de trânsito sonoros e pistas táteis.

 

6. E o que você acha que está bom?
O projeto de obras da cidade.

 

7. Literatura, bar, show ou teatro ?
Literatura e uma cervejinha. Uso computador com leitor de tela em voz alta.

 

8. Qual é o prato que não pode faltar?
Feijãozinho bem mineiro com tutu e torresmo.

 

9. Onde o Rio é mais bonito?
Deve ser lindo no pôr do sol.

 

10. Servidor feliz é......
Aquele que sente valorizado, com condições de trabalho e bem remunerado.