Pele: cuidados com o maior órgão do corpo humano

02/12/2013 04:00:00


Rilza Coutinho está na Prefeitura do Rio desde 1992
 

Muitas vezes, não é possível perceber problemas relacionados à pele. Porém, em geral, elas se manifestam através de alterações da cor, como manchas ou placas avermelhadas, claras ou pigmentadas, ou alterações no relevo (caroços, feridas, etc). É comum também haver sintomas como coceira ou queimação, por exemplo. Para entender melhor sobre o assunto, o Portal do Servidor conversou com a gerente do Programa de Dermatologia Sanitária (SMS), Rilza Coutinho.

 

De acordo com ela, principalmente nesta época, as principais dicas para evitar as doenças de pele são: "manter a higiene, com banho em temperatura adequada, não muito quente e evitar sabonetes que agridam a pele. No verão, evitar exposição prolongada ao sol e usar roupas leves que não bloqueiem a transpiração do corpo, além de tomar banhos frequentes. O calor e o aumento da transpiração propiciam o desenvolvimento de microorganismos, como fungos e bactérias, que aproveitam as condições favoráveis para se reproduzir e desencadear um processo infeccioso. Importante: ingerir líquidos à vontade. A hidratação por meio de cremes ou loções colabora para a manutenção da saúde cutânea, principalmente no inverno. E não usar banhos de ervas, pois podem desencadear alergias".

 

Em relação ao protetor solar, fique atento(a). Rilza conta que o fator de proteção solar (FPS) se refere à proteção contra os raios UVB, responsáveis pela vermelhidão, queimaduras e câncer cutâneo. "O FPS deve ser pelo menos de 15, aqueles com FPS 2, 4 ou 8 não oferecem qualquer proteção. Filtros solares com FPS acima de 50, por outro lado, não apresentam significativamente maior proteção. O número do FPS deve ser adequado ao tipo de pele e à existência, ou não, de alguma dermatose. Todo protetor solar deve ser reaplicado após 3 a 4 horas, principalmente em condições como vento, banho de mar ou piscina, transpiração ou prática de esportes."

 

A ingestão de líquidos é bastante indicada, principalmente no verão


Durante a sua trajetória na Prefeitura do Rio, Rilza diz que um atendimento relacionado ao tema a marcou pela gravidade do caso. "Era uma criança de 8 anos. Ela tinha uma úlcera na face, que foi avaliada em unidade de saúde municipal, e os exames complementares mostraram tratar-se de uma esporotricose (micose provocada pelo fungo Sporothrix schenckii). Pelo fato da lesão ter sido grande, os pais estavam ansiosos. Mas, com o diagnóstico e tratamento adequados, resolveu-se a lesão sem problemas. Aliás, para mim, o trabalho nas unidades primárias de saúde é gratificante, pelo contato direto com o usuário. A orientação adequada e medicação simples resolvem a grande maioria dos problemas. Além disso, as dermatoses são motivo comum para consulta médica. Existe o compromisso desta secretaria no controle e o diagnóstico precoce das doenças infecciosas com manifestação cutânea, como, hanseníase, esporotricose e leishmaniose tegumentar, que ainda são endêmicas no Rio de Janeiro."

 

Para finalizar, Rilza aproveita para enviar uma mensagem a todos os servidores municipais em relação às doenças de pele. "Esse é o maior órgão do corpo humano, que tem função de barreira às agressões externas, portanto devemos sempre cuidar bem dela! A alimentação adequada, não fumar e evitar exposição excessiva ao sol são a garantia de uma pele saudável e viçosa. No caso de problemas de pele, procurem sempre a ajuda do profissional de saúde e evitar a automedicação."