Carlos Eduardo Braga, ouvidor da Secretaria de Obras

A essência do seu trabalho, como ouvidor, ele trouxe da engenharia: observar os problemas, identificar onde eles se encontram e buscar soluções. Carlos Eduardo Braga, há 8 anos como ouvidor da Secretaria de Obras, iniciou em 1985 estagiando no Desenvolvimento Social. E lá, foram 25 anos.  Começou se envolvendo com redes de esgoto e pavimentação em projetos de urbanização de favelas, e foi responsável técnico pela manutenção de creches e CEMASIS – Centros Municipais de Assistência Social Integrada. E entre outras atividades, foi assistente de Coordenação Regional da SMDS em Bangu e no Meier e assistente de gabinete. Foi quando a prefeitura criou a Ouvidoria, em 2002, que Carlos Eduardo se tornou oficialmente um ouvidor, primeiro como assistente.
"Fui o primeiro funcionário a ser entrevistado para desempenhar a função", lembra, declarando com orgulho: "me encontrei muito na Ouvidoria, onde eu posso atuar diretamente nos problemas e brigar pelas soluções".

Durante a sua carreira não faltaram situações inusitadas de atendimento que ele vivenciou, como reclamação de banheiros construídos em calçada de rua, sugestões para se criar outra cidade a 200 quilômetros daqui, só para colocar os pobres, a criação de um elevado que ligasse Bento Ribeiro à Praça da Bandeira... até reclamações de consumidores que compraram eletrodomésticos com defeito já chegaram até ele. "Tem gente que vem aqui só para desabafar", conta, ao considerar hoje seu trabalho muito mais fácil. "O serviço do 1746 tem sido maravilhoso porque filtra os registros e, assim, libera o nosso tempo para resolver problemas reais de Ouvidoria." Segundo Carlos, atualmente, 90% dos registros da SMO são reclamações ligadas a obras, como poeira, barulho e transtorno no trânsito. "A maioria delas é devido mesmo à desinformação."

"Como ouvidor me tornei um cidadão mais consciente."
Carlos Eduardo Braga

Carlos Eduardo tem muito orgulho de ser servidor na Prefeitura do Rio. "Como cidadão, amo a minha cidade, e, como funcionário, posso participar da gestão como uma das engrenagens", declara.

Atendendo questões de desembargadores, juízes, operários e até pedidos de emprego, o que importa para ele é ouvir o cidadão e responder com a solução. Para Carlos Eduardo, o maior retorno do que faz é a sensação do trabalho bem feito quando o problema foi resolvido. "A gente tem esse feedback quando o cidadão não volta a reclamar depois da primeira resposta", diz ele. E com um prazer especial de se colocar no lugar do cidadão carioca, completa: "depois que passei a integrar a Ouvidoria, aprendi a cobrar mais os meus direitos ao cobrar os dos outros".

Mandou Bem

1. Como você traduziria o espírito da cidade?
Alegria.

2. O que você elegeria como o melhor para o futuro do Rio?
Carinho em relação à cidade.

3. Quais são os programas que normalmente você mais gosta de fazer?
Curtir a natureza. Principalmente o Aterro do Flamengo.

4. A melhor atração diurna e noturna?
Diurna: Parque Madureira. Noturna: cinema com uma pizza depois.

5. Dos eventos promovidos para a cidade, quais são os que você participa?
Shows de rock na praia.

6. Ponto turístico que mais gosta?
Pão de Açúcar.

7. Qual é o seu petisco favorito?
Camarão frito.

8. Qual é a mania mais comum do carioca com a qual você se identifica?
Ser o melhor amigo de infância de alguém que acabou de conhecer.

9. Onde o Rio é mais Rio?
Nos quiosques da praia de Copacabana.

10. Ser servidor é...
Conhecer a cidade na sua essência.