09/06/2014 03:00:00
Doutor Luiz Alexandre Essinger, diretor geral do Hospital Miguel Couto, na sala de múltiplo atendimento em caso de grandes acidentes |
A experiência em terapia intensiva no Hospital Marcílio Dias foi só o começo de sua carreira. Desde 1984 como cirurgião vascular no município, há 4 anos ele conquistou mais uma especialidade: a de diretor geral do Hospital de Emergência Miguel Couto. Tarefa, que coloca 400 leitos e 3 mil profissionais diretos e indiretos sob a sua gestão, entre médicos , enfermeiros, técnicos de enfermagens, nutricionistas , fisioterapeutas, administrativos, entre outros. Só de empresas contratadas relacionadas a monitores, respiradores, esterilizadores, lavanderia, alimentação, manutenção, etc, são 51. "Trabalhar aqui me traz muita alegria. Nunca pensei que fosse me interessar tanto por questões tão diferentes e essenciais. Pude aprender novas matérias", fala com simplicidade Luiz, que hoje entende até como funciona o sistema de ar condicionado central e o gerador do hospital. "E ainda é preciso fiscalizar tudo", acrescenta.
Mas é acreditando em ideias simples, que podem mudar toda a rotina de um hospital de emergência, como o Miguel Couto, que o doutor Luiz vem imprimindo um estilo de gestão mais humano.
Projeto que acabou com a fila de espera, diluindo a entrada dos visitantes |
"Hoje o meu carro-chefe é a Visita Aberta. Uma iniciativa simples, mas inusitada, que amplia o tempo de visitação dos familiares e amigos aos pacientes." Em vez de 15h às 16h, como todo hospital, a visita passou a ser de 11h às 20h. "Foi difícil de implantar junto às equipes, porque segundo elas, poderia mexer com o controle e a segurança", revela Luiz.
"Uma ferramenta de organização inteligente,
sem nenhum custo, dá tanto impacto positivo
quanto a compra de um equipamento."
Luiz Essinger
Resultado: a Visita Aberta acabou mostrando ser uma medida positiva para todo mundo. "Foi de um impacto maravilhoso. Para os pacientes, que passaram a ser sentir menos isolados, mais amparados e seguros. Para a família e os amigos, que ganharam mais tempo para se comunicar com os médicos, podendo assim ajudar no tratamento depois da internação do paciente. "Hoje, ninguém pode dizer que não encontrou o profissional", diz ele.
"Meu maior desafio é manter a equipe motivada
para realizar um trabalho de qualidade todos os dias."
Luiz Essinger
Na lista de conquistas do diretor, também não faltam outros projetos que cumprem a missão do hospital, como a criação da sala de múltiplo atendimento, em caso de grandes acidentes. Trata-se de um espaço com capacidade para receber até 20 vítimas e tratar de 5 ao mesmo tempo. E mais: a aquisição de 3 aparelhos de radiologia para a realização de cirurgias menos invasivas; a melhora da comunicação interna e externa do hospital; e a criação das Linhas de Cuidado, que mudaram toda a rotina de atendimento, da entrada do paciente à sua alta. "No lugar dos vigilantes na porta de entrada, colocamos uma equipe de saúde com enfermeiros para realizarem a primeira abordagem. Uma forma de acolhimento com classificação de riscos com maior conforto", conta Luiz.
Para esse médico, formado desde 1982 pela UFRJ, só é possível se dedicar à saúde plenamente trabalhando em um grande hospital.
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5. Dos eventos promovidos para a cidade, quais são os que você participa?
Os esportivos.
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8. Qual é a mania mais comum do carioca com a qual você se identifica?
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9. Onde o Rio é mais Rio?
Em Copacabana.
10. Ser servidor é...
Exercer a profissão em prol do bem da sociedade.