“Ser igual a todos é muito fácil, difícil é ser diferente. Inove sempre”

18/01/2016 06:01:00


 

Rosane Gonçalves está na Prefeitura do Rio há 33 anos

Uma verdadeira "bombeira" da prefeitura. Assim podemos definir Rosane Gonçalves, assistente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. Tudo começou aos 19 anos, quando começou no seu primeiro emprego, já na administração pública, na extinta Rio Arte. Após 5 anos de muito trabalho, os elogios a levariam até a Rio Filme, porém, um convite da Secretaria Municipal de Cultura mudou os rumos de Rosane.

 

"A Secretária na época disse ter ficado curiosa com os elogios que recebi. Então, mesmo sabendo que eu tinha um cargo na Rio Filme à minha espera, ela ofereceu 30 dias de experiência na secretaria. Aceitei e, ao fim do período, eu deveria decidir entre a Rio Filme e a SMC. Por toda a paixão que tinha no que fazia, optei por continuar. Então, me ofereceram um cargo e foi emocionante. Foi como uma prova, um desafio. E algo gratificante porque a escolha foi pelo coração. Após 9 meses, surgiu a ideia de unificar a rede de teatros e lonas culturais e fui a escolhida para ser a primeira coordenadora. Foram quase 7 anos de um trabalho árduo, em que superei meus limites. Foram muitas noites sem dormir, mas foi muito prazeroso. Meu conhecimento da rede pública possibilitou aquela mudança."

 

Do zero a uma revitalização completa e padronizada dos teatros e lonas, Rosane chegou, finalmente, à Rio Filme. Foi assistente da equipe jurídica, atuando em sindicâncias, até que foi indicada a coordenadora do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. "Lá fui eu mais uma vez apagar incêndio (risos). Na época, não havia exposições há anos no Centro e pudemos fazer um bom trabalho. Fechamos com chave de ouro com uma exposição do próprio sobrinho do Hélio Oiticica. Depois de quase dois anos, em 2006, fui para o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. Entre as experiências mais marcantes de lá, tenho a defesa de um projeto que apresentei à Procuradoria, e que já havia sido reprovado algumas vezes. Mostrei dentro da lei que a forma que estávamos fazendo estava correta e o projeto ganhou vida. O presidente do IRPH, muito feliz, promoveu uma festa com lançamento de livros, e fez uma homenagem em público a mim, o que me deixou muito feliz. Foi então que me tornei assistente do IRPH, função em que estou até hoje."

 

Antes de finalizar, Rosane resume a sensação depois destes anos de trabalho. "E o melhor de tudo isso é ver que o resultado beneficiou tanta gente. É prazeroso ver isso. Costumo dizer que os desafios são bem-vindos. Quem não gosta deles não sabe viver. Acredito que não devemos dizer ‘não sei', mas sim ‘vou buscar as respostas'. As pessoas só crescem com vontade de crescer. Ser igual a todos é muito fácil, difícil é ser diferente. Inove sempre", conclui uma emocionada Rosane, com o brilho nos olhos de quem é apaixonada pelo que faz. Agora conheça outros interesses desta servidora que manda muito bem no IRPH.

 

MANDOU BEM:

 

1. Como você traduziria o espírito da cidade?
Uma eterna festa. Alegria e beleza.

 

2. O que você elegeria como o melhor para o futuro do Rio?
A segurança deve sempre crescer mais. É um benefício para todos nós.

 

3. Quais são os programas que normalmente você mais gosta de fazer?
Programas culturais e aqueles ao ar livre.

 

4. A melhor atração diurna e noturna?
Bibliotecas e parques. E noturnos: shows, teatro e danças contemporâneas.

 

5. Dos eventos promovidos para a cidade, quais são os que você participa?
Todos que tenho oportunidade!

 

6. Ponto turístico que mais gosta?
Cristo Redentor.

 

7. Qual é o seu petisco favorito?
Batata frita com bacon e queijo.

 

8. Qual é a mania mais comum do carioca com a qual você se identifica?
Me reunir com os amigos, seja onde for.

 

9. Onde o Rio é mais Rio?
Na Lapa. A cidade começou por lá.

 

10. Ser carioca é...
Um estilo de vida! É mais que um estado de espírito. A carioquice é para todos.