Os teatros, centros culturais, lonas e arenas da Secretaria Municipal de Cultura recebem, ao longo de março, trinta espetáculos. Além de Fernanda  Torres, que sobe ao palco das arenas cariocas Fernando Torres, em Madureira, Abelardo Barbosa Chacrinha, em Pedra de Guaratiba, e Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, com o monólogo A Casa dos Budas Ditosos, o mês conta com o mais recente trabalho do ator Matheus Nachtergaele, em cartaz no Humaitá, e com o monólogo Guia Afetivo da Periferia, inspirado no livro homônimo de Marcus Faustini, que entra em cartaz no Teatro Municipal Serrador.

 

 

 

 

A programação inclui homenagem aos dez anos de carreira do dramaturgo Jô Bilac, no Teatro Municipal Maria Clara Machado, além de peça dirigida por Rogério Blat e o musicalAndança, em homenagem à Beth Carvalho. No Teatro Municipal Ziembinski, a Amok leva ao palco o espetáculo Cartas de Rodez. Confira a lista completa dos espetáculos em cartaz.

 

 

GUIA AFETIVO DA PERIFERIA – A PEÇA DO LIVRO. Baseada no livro homônimo, Guia Afetivo da Periferia ganha sua primeira montagem teatral. Com direção do autor da obra original, Marcus Faustini, o monólogo encenado por João Pedro Zappa revela as memórias de um rapaz da periferia e sua relação com a cidade entre os anos 80 e 90. Ele tenta contar sua história escrevendo um livro. As imagens, as baganas de pensamento e quinquilharias ocupam seu quarto - seu mundo. Ele encena sozinho suas memórias, prazerosamente, e se provoca de forma irônica, refletindo sobre suas mazelas e as possibilidades que lhe são oferecidas. 16 anos. Teatro Municipal Serrador. De 11 de março a 9 de abril.  De quinta a sábado, 19h30.

 

NADA MENOS QUE MUITO. Celebra os seus 10 anos de carreira do dramaturgo carioca Jô Bilac. Com direção e adaptação de Roberto Lima e Dudu Gama, a montagem explora a temática da cidade, com um aspecto comum em todas as histórias: o homem contemporâneo atravessado por suas neuroses, medos e desejos. Com Alda Pessoa, Araci Breckenfeld, Fernanda Báfica, Mariana Queiroz e elenco. 16 anos. Teatro Municipal Maria Clara Machado. Rua Padre Leonel Franca, 240 – Gávea. Sábado e domingo, 19h30. R$ 20. Até 27 de março.

 

OITO DE MARÇO. História da greve que as tecelãs de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque fizeram pela redução da jornada de trabalho. Violentamente reprimidas, as operárias acuadas refugiaram-se nas dependências da fábrica. No dia 8 de março de 1857 os patrões, com ajuda da polícia, trancaram as portas da fábrica e atearam fogo, onde 129 tecelãs morreram carbonizadas. Durante a II Conferência Internacional de Mulheres realizada em 1910 na Dinamarca, o 8 de Março foi declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. A encenação tem como eixo central a narrativa ao estilo brechtiano, com inserção de poemas do próprio Berthold Brecht, trechos de músicas de nossa MPB além de depoimentos pessoais de diversas mulheres, colhidos na internet, bem como das atrizes. Além do elenco profissional, juntou-se ao grupo quatro "não-atrizes" oriundas de movimentos sociais, tais como ocupações e coletivos transexuais. Texto e direção de Gilson de Barros. Com Hebe Cabral, Joelma de Paula, Dâmaris Grün, Rita Grego, Dani Rougemount, Rosana Reategui, Márcia Valéria, Eunice Simeão, Marcos Hamelin e Gilson de Barros.14 anos. Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas. Domingos, às 16h. R$ 30. Até 27 de março.

 

RIOS DE POESIA. Para celebrar os 451 anos do Rio, o Grupo de Teatro da Arena apresenta o espetáculo Rios de Poesia. Livre. Arena Carioca Abelardo Barbosa Chacrinha. Domingo (6), 16h. Grátis.

 

50 TONS DE LOUCURA. A peça conta a história de um casal que foi passar a lua-de-mel no Marrocos e faz uma narrativa engraçada do que aconteceu por lá. De forma bem-humorada, o casal fala sobre o estresse e as loucuras da vida nos dias de hoje e faz uma crítica bem-humorada às situações da vida pelas quais passam, tentando harmonizar a vida com as loucuras do cotidiano. De 18 a 27 de março. Sábados, às 21h, e domingos, às 20h. R$ 40. Sala Municipal Baden Powell. Classificação: 14 anos.

 

ANDANÇA – BETH CARVALHO, O MUSICAL. O musical comemora os 50 anos de carreira da dama do samba, desde a infância de Beth, ao lado dos pais e da irmã mais velha até os dias de hoje, passando por momentos marcantes como os festivais da canção do final dos anos 1960. De 18 de março a 3 de abril. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h30. R$ 40. Imperator – Centro Cultural João Nogueira. Classificação: livre.

 

A MARCA DA ÁGUA. Vivendo numa aparente placidez, numa espécie de cotidiano automático e morno, Laura (interpretada por Patrícia Selonk), aos 40 anos, é surpreendida pelo misterioso aparecimento de um enorme peixe em seu jardim. Esta perturbadora e surrealista aparição traz de volta à vida desta mulher sintomas de uma doença neurológica causada por um acidente na infância, trazendo memórias do passado. Direção de Paulo de Moraes. Dias 19 e 20 de março. Sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Arena Carioca Carlos Roberto de Oliveira – Dicró. Classificação: 14 anos. Grátis

 

A FOFOQUEIRA DE CAXIAS. Dilurdes é uma carismática senhora que com sua língua afiada adora controlar a vida dos vizinhos do alto de sua janela. A falta de seus filhos e marido faz com que seu tempo seja ocupado de forma cômica e prazerosa fofocando. O público se diverte e se emociona com suas histórias, que com humor aborda assuntos sobre o cotidiano dos cariocas e mostra que em meio as turbulências urbanas, ainda vale a pena sorrir. Quintas-feiras, às 20h. Até 31 de março. R$ 40. Teatro Ipanema. Classificação: 12 anos.

 

CARTAS DE RODEZ. Antonin Artaud, poeta e dramaturgo, é confundido com um louco. Maltratado em diversos manicômios franceses, ele é transferido para o asilo de Rodez. Lá, Antonin estabelece com o Dr. Ferdière uma intensa correspondência. Texto de Antonin Artaud. Direção de Ana Teixeira. Com Stephane Brodt e grupo Amok Teatro. De 11 a 13 de março. De sexta a domingo, às 20h. R$ 30. Teatro Municipal Ziembinski. Classificação: 14 anos.

 

COMUM DE DOIS. Recife antigo, uma casa é deixada de herança. Descobertas serão feitas sobre o verdadeiro passado de uma família imigrante, descendente da aristocracia inglesa. "Comum de Dois" levanta questões sobre o amor através de um diferente triângulo amoroso. Uma caixa trancada por tanto tempo é descoberta, e nela contém memórias que marcam, como uma impressão digital, uma alma saudosista. Por outro lado, uma vez aberta, nunca mais poderá ser fechada, esquecida ou jogada de lado. Dias 11, 18, 19, 25 e 26 de março. Sextas e sábado, às 19h30. Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho (Castelinho do Flamengo). Classificação: 16 anos. Grátis.

 

CONTOS FADADOS. Três atores e um músico realizam um divertido jogo, no qual as cenas e os personagens são sorteados durante a apresentação. Neste jogo, um dos personagens da história roubou o livro dos contos clássicos para destruí-los e o objetivo da plateia é descobrir quem é o culpado. A cada apresentação, um caminho diferente proporcionará um novo jogo. De 19 a 27 de março. Sábados e domingos, às 16h. R$ 20. Teatro Municipal Ziembinski. Classificação: livre.

 

COISAS DE BRECHÓ. A peça propõe ao espectador uma viagem no tempo. Com canções ao vivo, ação cênica, boa dose de humor e ousadia, esta comédia musical presta uma homenagem criativa e bem-humorada a artistas, como Roberto Carlos, Nelson Ned e Odair José fazendo um resgate da música romântica brasileira. Cantores clássicos da MPB ganham voz e uma boa dose de bom humor. De 4 a 6 de março. De sexta a domingo, às 20h. R$ 40. Teatro Municipal Café Pequeno. Classificação: 18 anos.

 

DE FILHA PARA MÃE. Juliana é bailarina, como sua mãe Bianca, que projeta na filha todos os seus sonhos não realizados. No dia da viagem de intercâmbio no curso de ballet em Nova York, Juliana revela a sua mãe que está grávida. O espetáculo propõe uma reflexão mais profunda e comprometida sobre as angústias e dúvidas de uma jovem grávida, através de um olhar voltado para seus elos familiares, suas transformações físicas e emocionais, assim como sua evolução e amadurecimento como ser humano. Dia 11 de março, sexta-feira, às 15h e às 19h30. Arena Carioca Jovelina Pérola Negra. E dia 23 de março, quarta-feira, às 15h30 e às 19h30, no Teatro Municipal Ziembinski. Classificação: 12 anos. Grátis.

 

DOMÍNIO DO ESCURO. O espetáculo é um documentário poético em forma de peça teatral. Com a direção e texto de Juliana Pamplona, jovens atores levam à cena uma investigação a partir de registros antigos e depoimentos reais de idosos homossexuais entrevistados durante o processo de criação. Domínio do Escuro é uma resposta (em aberto) a uma dívida histórica, que faz com que, ainda hoje, haja uma ausência enorme de narrativas de idosos gays e lésbicas. Dia 24 de março, quinta-feira, às 15h e às 19h30. Arena Carioca Jovelina Pérola Negra. Classificação: 14 anos. Grátis.

 

E PENSAR QUE UM DIA FOMOS FELIZES PARA SEMPRE. A peça é uma reflexão sobre a cidade onde vivemos: o Rio de Janeiro inventado diariamente por seus habitantes. Cariocas que, ao atravessarem suas avenidas, ruas e vielas, a desenham no espaço. De 11 a 27 de março. De sexta a domingo, às 20h. R$ 30. Teatro Municipal Café Pequeno. Classificação: 18 anos.

 

ESCUTANDO O RIO. A peça tem três histórias de mulheres diferentes: "Ninguém segura Cassiadoira", "Juliema desde pequena" e "Essa Bete promete". Cassiadoira, doida pra casar, passa por mil e uma até um final surpreendente. Juliema, educada pra ser princesa, após uma virada mostra quem é a rainha da história. Bete, ao entrar para o circo descobre que nem tudo é magia e faz uma revolução na lona, com a ajuda da mulher barbada. Dia 11 de março, sexta-feira (em caso de chuva, será adiado), às 15h. Arena Carioca Carlos Roberto de Oliveira – Dicró. Classificação: livre. Grátis.

 

INTERVALO. O texto aborda de forma irônica os clichês típicos das telenovelas. A peça dá ao espectador a sensação de estar assistindo, na televisão, a um capítulo da novela "Vidas sem rumo", onde atuam as irmãs Mariana ("a boa") e Roberta ("a má") e sua mãe, Florinda; além de Leonardo, noivo de Mariana, Bob e Michel – pai das moças, personagem morto há vários capítulos. Inesperadamente, num intervalo, o falecido Michel ressurge e fala ao casal protagonista do folhetim sobre o que existe em outra dimensão, além da novela, e que fatores tornam possível a existência do drama, dentre os quais as três "divindades" que comandam as vidas deles: os escritores, a audiência e os patrocinadores. Dia 17 de março, quinta-feira, às 19h. R$ 1. Teatro Municipal Ziembinski. Classificação: livre.

 

MIGUEL, O INVISÍVEL. A trama se passa em um colégio, onde jovens e adolescentes vivenciam os dramas da adolescência enfrentando situações bem atuais como o bullying e a diversidade sociocultural. Com uma linguagem leve, coloquial, o texto aborda o universo infantojuvenil, com temas que fazem do cotidiano de nosso país. De 4 a 26 de março. Sextas, às 19h, e sábados, às 18h. R$ 30. Teatro Municipal Gonzaguinha. Classificação: livre.

 

OS HOMEOPÁTICOS. O espetáculo é a reunião de quatro histórias de vida em diversos ambientes. Partindo do princípio onde o passado já se foi, o futuro ainda não veio, só nos resta fazer o presente. Dia 11 de março, sexta-feira, às 20h. R$ 30. Teatro Maria Clara Machado. Classificação: 14 anos.

 

O PACIENTE DO REMÉDIO N°3. Douglas é o paciente do remédio número três. Um individuo solitário, que já foi negado antes mesmo de nascer. Ficou aguardando o retorno de sua mãe uma vida inteira. Agrediu, foi agredido, muitas vezes odiou, já amou, perdeu, matou. Descobriu a vida através da morte. Dia 18 de março, sexta-feira, às 18h e às 20h. R$ 30. Teatro Municipal Maria Clara Machado. Classificação: 14 anos.

 

O ENVIADO. Espetáculo com crônicas de assuntos como vidas passadas, redes sociais, carreira artística, família, amizade se transformam numa miscelânea engraçada e com total participação do público. Relembra números que se consagraram nos espetáculos anteriores como Proctologista e como pedir emprego no Globo. De 9 a 30 de março. Quartas, às 20h30. R$ 40. Teatro Municipal Café Pequeno. Classificação: 18 anos

 

OS EUS QUE HABITAM DENTRO DE MIM. O novo espetáculo da Cia. Onírica de Teatro explora o universo de heterônimos do poeta português Fernando Pessoa, baseado em sua antologia e alguns elementos biográficos. A peça faz parte de um projeto da Companhia – iniciado com "Um Machado, Dois Contos e Um Poema"(textos de Machado de Assis) – que busca uma aproximação do espectador à literatura. Dias 16, 17, 23 e 24 de março. Quartas e quintas, às 19h30. Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas. R$ 30. Classificação: 16 anos.

 

PROCURE UMA SAÍDA. O espetáculo fala sobre os detalhes do dia a dia que passam despercebidos pela rotina e outros questionamentos raramente feitos pela sociedade sobre a maneira como vivem. Dia 25 de março, sexta-feira, às 20h. R$ 20. Teatro Municipal Maria Clara Machado. Classificação: 16 anos.

 

SE VIVÊSSEMOS EM UM LUGAR NORMAL. Primeira adaptação para o teatro da obra literária do mexicano Juan Pablo Villalobos. Dentro da "caixa de sapato", apelido da casa em que vive com os sete irmãos, o pai e a mãe, Orestes tenta entender sua situação econômica e mudar o curso de sua própria sorte. Texto de Juan Pablo Vilallobos. Com Roberto Rodrigues e Cia. Teatral Milongas. De 18 a 27 de março. De sexta a domingo, às 20h. R$ 20. Teatro Municipal Ziembinski. Classificação: 14 anos.

 

TEATRO DE TERROR. Espetáculo de humor trash e de muito improviso. Sucesso de 14 anos em cartaz nos teatros do Rio e São Paulo. De 4 a 12 de março. Sextas e sábados, às 21h. R$ 30. Sala Municipal Baden Powell. Classificação: 14 anos.

 

VERTIGO. Um ator que sofre de Acrofobia, leva ao público de forma intimista uma viagem ao medo. Inspirado nos roteiros de Alfred Hitchcock, Vertigo é um monólogo de vários personagens em vertigens habitados por esse solitário ator embalsamador de pássaros que percorrerá pelos roteiros de cinema do clássico diretor, que habita em seus próprios pensamentos obsessivos, em intensos instantes com o público, uma experiência ao medo que ali começa. Quartas e quintas-feiras, às 19h30. R$ 30. Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas. Classificação: 14 anos.